Juntas verticais exigem atenção na hora do assentamento. Entenda!

Juntas verticais exigem atenção na hora do assentamento. Entenda!

Em vídeo, a engenheira civil Marcia Melo destaca a importância das juntas verticais para evitar problemas com cisalhamento e flexão. Saiba mais sobre o tema!

Para garantir a resistência de uma parede, seus blocos devem receber argamassa adequada não só entre uma fiada e outra, mas também nas juntas verticais. Caso contrário, podem ocorrer problemas como deformação ou fissuras na alvenaria.

E é exatamente sobre esse assunto que a engenheira civil Marcia Melo nos alerta no oitavo vídeo da série “Erros que você não pode cometer na sua obra”. Confira as dicas da especialista e, logo após, mais informações que a Cerâmica Ermida preparou para você!

O que são juntas verticais?

Em suma, as juntas verticais são o encaixe entre um bloco de cerâmica e o outro que fica imediatamente ao seu lado na fiada. Essa união deve ser feita com argamassa e o ideal é que tenha espessura de 10mm na alvenaria estrutural, ou entre 6 e 8mm na de vedação.

Quais são os tipos de juntas verticais?

Existem quatro tipos de juntas mais utilizados na construção civil. Saiba mais!

  • Junta a prumo: aqui, os blocos da fiada superior projetam-se exatamente sobre os componentes inferiores. Como resultado, as juntas verticais de assentamento ficam alinhadas;
  • Junta de controle: é introduzida em um ponto onde há mudança abrupta de direção ou de espessura, quando a parede em questão é muito longa. Assim, é possível evitar a fissuração da alvenaria;
  • Junta em amarração: consiste no assentamento dos blocos de forma defasada. O componente superior projeta-se, ao mesmo tempo, sobre as duas metades dos componentes inferiores. Deve haver uma sobreposição mínima de um quarto do comprimento em trechos localizados das paredes;
  • Junta seca: é o encabeçamento de blocos sem o uso de argamassa, isto é, a eliminação das juntas verticais. Apesar de aumentar a produtividade do assentamento, o sistema deve ser evitado na alvenaria estrutural. Isso porque reduz a resistência em relação a cargas laterais e diminui o isolamento acústico da parede.

Em conclusão, o mais recomendado é utilizar as juntas em amarração, preenchendo o espaço entre os blocos com argamassa. Afinal, isso permite otimizar a resistência ao cisalhamento e a cargas laterais, a defesa contra o fogo e o desempenho termoacústico.

Que problemas podem ocorrer?

De acordo com Marcia Melo, deixar de preencher as juntas verticais com argamassa não vai diminuir tanto a resistência à compressão da parede. No entanto, pode prejudicar a alvenaria em relação a cisalhamento e flexão.

A especialista explica que, antigamente, as regras eram ambíguas, pois não especificavam as boas práticas em relação às juntas verticais. Mas hoje a norma é muito clara e requer que elas sejam preenchidas.

Como a argamassa deve ser preparada?

“Os traços para alvenaria estrutural são bem rigorosos. Porque você avaliar várias características da argamassa, que tem que ser compatível com a base que você está usando. Não dá para fazer nada ‘no olho’”, avisa Marcia.

Além de fazer o traço adequado, é essencial ensaiar a massa e descobrir qual é a aderência entre bloco e argamassa. “Afinal, as paredes nunca vão romper por compressão. Elas vão romper por flexão, por tração no bloco. E quem promove isso é a aderência bloco-argamassa. Usualmente, esta argamassa vai ter em torno de 70% da resistência à compressão do bloco”, finaliza a engenheira civil.

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