Conheça Diébédo Francis Kéré, vencedor do Prêmio Pritzker pelo seu trabalho com projetos sustentáveis

Conheça Diébédo Francis Kéré, vencedor do Prêmio Pritzker pelo seu trabalho com projetos sustentáveis
Francis Kéré

Diébédo Francis Kéré (10 de abril de 1965, Gando, Burkina Faso) é um arquiteto africano conhecido por assinar obras que trabalham com sustentabilidade, material de baixo custo e mão de obra da comunidade local. Busca desenvolver uma forte parceria com as comunidades para as quais constrói. Ele sempre demonstra uma sensibilidade especial ao local, às condições, sociais, econômicas e climáticas.

Prêmio Pritzker 
Esse ano, Francis foi o vencedor do Prêmio Pritzker pelo seu trabalho com projetos sustentáveis voltados para populações carentes. Ele foi o primeiro arquiteto negro a receber o prêmio. Criado em 1979, tem por objetivo “homenagear um ou mais arquitetos vivos, cujo trabalho demonstra uma combinação de qualidades, como talento, visão e compromisso, e que produziu contribuições consistentes e significativas para a humanidade e o ambiente construído por meio da arte da arquitetura”.

Confira a breve linha do tempo do admirado arquiteto:

1. Origens
Filho mais velho do chefe da aldeia e o primeiro da comunidade a ir para a escola, suas primeiras experiências de arquitetura (de que se lembra) estão ligadas à sua sala de aula de infância, que não tinha ventilação nem luz natural, e ao espaço pouco iluminado, mas seguro, onde sua avó lhe contava histórias.

2. Na Alemanha, e aulas à noite
Em 1985, mudou-se para Berlim com uma bolsa de estudos de carpintaria, aprendendo a fazer telhados e móveis durante o dia, enquanto frequentava aulas à noite.

3. Fundação Kéré
Quando ainda estava na faculdade, em 1998, criou a Fundação Kéré para arrecadar fundos e defender o direito de uma criança a uma sala de aula confortável. Seu primeiro edifício, a Escola Primária Gando, de 2001, foi erguido por e para os moradores locais, que construíram cada parte da edificação à mão.

4. Escola Primária Gando e escritório próprio
Este projeto lhe rendeu o Prêmio Aga Khan de Arquitetura em 2004 e o levou a abrir seu próprio escritório, Kéré Architecture, em Berlim no ano seguinte.
5. Mais projetos
Além de escolas e instalações médicas, o trabalho de Kéré na África inclui dois edifícios históricos de parlamento, a Assembleia Nacional de Burkina Faso (Ouagadougou, Burkina Faso) e a Assembleia Nacional do Benin (Porto-Novo, República do Benin), bem como o TStartup Lions Campus (2021, Turkana, Quênia), um campus de tecnologias de informação e comunicação, e o Instituto de Tecnologia de Burkina (Fase I, 2020, Koudougou, Burkina Faso).

 

O livro dedicado à sua obra (“Francis Kéré Radically Simple”, no idioma inglês), escrito em 2017, relata que o autor “colabora com os moradores, e coloca as necessidades sociais e históricas no centro de seu pensamento de design.”

O arquiteto ainda é um admirador da obra de Oscar Niemeyer, em 2019 aceitou convite para participar do 27ª edição do Congresso Mundial de Arquitetos que aconteceu no Brasil, em julho de 2020, diz a Wikipedia.

Para ele, a arquitetura não trata do objeto, mas do objetivo; não do produto, mas do processo. Toda obra de Francis Kéré nos mostra o poder da materialidade enraizada no lugar.

Espero mudar o paradigma, levar as pessoas a sonhar e arriscar. Não é porque você é rico que você deve desperdiçar material. Não é porque você é pobre que você não deve tentar criar algo de qualidade, […] Todo mundo merece qualidade, todo mundo merece luxo e todo mundo merece conforto. Estamos interligados e as preocupações com o clima, a democracia e a escassez são preocupações de todos nós. – Francis Kéré

Por seu trabalho, e por seus valores – que vão além da arquitetura – Francis Kéré é o vencedor do Prêmio Pritzker 2022.

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Créditos (Foto): Schulbausteine, em https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Francis_K%C3%A9r%C3%A9.jpg

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Velocidade da obra estrutural e convencional: qual é a diferença?

Velocidade da obra estrutural e convencional: qual é a diferença?

Você sabia que cada sistema construtivo tem sua própria velocidade da obra? Entenda e faça uma escolha informada de qual é a melhor opção para você!

Além do orçamento, o tempo de construção é uma das primeiras coisas a se definir antes de erguer uma edificação. Afinal, é assim que se determina o prazo de cada etapa. E a escolha do sistema construtivo influencia na velocidade da obra.

Então, o décimo terceiro vídeo da série “Erros que você não pode cometer na sua obra” fala sobre a diferença entre obra estrutural e convencional quanto à duração de cada uma. Confira as dicas da engenheira civil Marcia Mello!

Qual é a diferença entre obra estrutural e convencional?

A obra estrutural é aquela em que as próprias paredes suportam o peso e o transmitem para as fundações. Assim, as lajes ficam apoiadas diretamente sobre as paredes.

Por outro lado, na obra convencional, há a necessidade de construir estruturas em concreto armado para tornar a edificação mais resistente. É o caso de vigas e pilares, por exemplo. Ou seja, as paredes em si não têm função estrutural.

Como o sistema construtivo influencia a velocidade da obra?

Sem dúvida, a velocidade da obra estrutural é bem maior do que a convencional. Isso porque tanto as estruturas quanto as paredes já são construídas ao mesmo tempo.

“É muito legal quando você tem dois prédios parecidos próximos. Você vai ver como a obra de alvenaria estrutural já está pronta, enquanto a de concreto armado ainda está lá, sendo feita. Essa velocidade de obra é em torno de 20% mais rápida em alvenaria estrutural do que no concreto armado”, explica Marcia.

A especialista afirma ainda que essa entrega mais rápida da obra se dá porque a obra estrutural tem menos etapas, exige menos insumos e profissionais. “A produtividade da mão de obra também é muito maior, porque ela só tem que fazer a alvenaria, não precisa fazer as peças de concreto armado. Então, é uma obra muito mais produtiva, de maior velocidade e mais racional”, afirma.

Racionalização da obra estrutural

No entanto, Marcia ressalta que um resultado de sucesso só será obtido se tanto o projeto quanto a execução forem adequados.

“Não adianta você só fazer o projeto e não executar da forma como precisa. Nem fazer o projeto e usar um bloco que não é adequado. Então, é um sistema com passos que devem ser seguidos para que realmente aconteça essa racionalização”, diz a engenheira civil.

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Diferenças entre obra estrutural e convencional: qual é o custo de cada uma?

Na hora de optar pelo melhor sistema construtivo, o custo é um fator a se considerar. Saiba quais são as diferenças entre obra estrutural e convencional!

Você tem planos para construir uma casa? Então, deve estar se perguntando qual sistema construtivo utilizar. Afinal, apesar de o concreto armado ser mais tradicional, a alvenaria estrutural apresenta várias vantagens.

Desse modo, o décimo segundo vídeo da série “Erros que você não pode cometer na sua obra” fala sobre as diferenças entre obra estrutural e convencional, com foco no custo de cada uma. As dicas são da engenheira civil Marcia Mello. Confira!

O que é obra convencional?

Em resumo, é um método construtivo em que a combinação de pilares, lajes e vigas sustenta todo o peso. Assim sendo, as paredes não possuem função estrutural e só servem para fechar e separar os ambientes. Trata-se do sistema mais usado no Brasil nos dias de hoje.

O que é uma obra estrutural?

Por outro lado, a alvenaria estrutural consiste em paredes que suportam a carga da laje ou da cobertura. Ou seja, não há pilares nem vigas. Isso porque a estrutura é formada pelas paredes e pelas lajes.

Dessa forma, a laje passa seu peso para a última fiada de blocos da alvenaria. Essa carga é, então, transmitida fiada a fiada, até chegar à primeira delas, no primeiro pavimento.

Quais são as diferenças entre obra estrutural e convencional?

“A principal diferença entre a alvenaria estrutural e o concreto armado, que é mais usual, está basicamente no custo. Um sistema construtivo em alvenaria estrutural pode chegar a ser econômico em torno de 20% quando comparado com os sistemas tradicionais”, afirma Marcia Mello.

De acordo com a especialista, na obra convencional, temos algumas sequências que são obrigatórias e que demandam tempo para sua execução. Assim, a construção é mais lenta, emprega vários profissionais e muitos tipos de material. É isso, então, que encarece a obra.

“Para fazer o pilar do primeiro pavimento, é necessário fazer a caixaria e tenho que ter um carpinteiro. Além disso, eu preciso ter um armador já dobrando esse aço. Esse aço tem várias bitolas diferentes, vários estribos de diferentes posições. Eu tenho que colocar esse aço dentro da caixaria e encher com o concreto. Depois, tenho que esperar prazos para retirar esse escoramento e continuar a minha obra”, exemplifica.

Por outro lado, a velocidade de uma obra estrutural é muito maior. O canteiro é mais limpo e há menos insumos. Afinal, eliminamos custos com fôrmas de madeira, boa parte do volume de concreto e de aço. O número de profissionais necessários também diminui.

Ao mesmo tempo, há uma economia com revestimento: “Como eu tenho uma parede que estou o tempo todo controlando, as espessuras de revestimento serão mínimas. Exatamente o que a norma pede”, finaliza Marcia.

O melhor custo-benefício com a Cerâmica Ermida!

A obra estrutural é mais barata. No entanto, é essencial garantir que a alvenaria seja bem feita e controlada. Para isso, tanto a argamassa quanto os blocos devem ter um alto padrão e as características de resistência pedidas pelo calculista.

Quer unir o preço acessível da alvenaria estrutural com a qualidade do material de construção? Então, aposte na Cerâmica Ermida! Temos mais de 50 anos de experiência e somos referência no mercado. Além disso, somos uma empresa moderna que usa tecnologia de ponta para entregar produtos de qualidade.

Conheça nossa linha completa de blocos estruturais, blocos de vedação e canaletas cerâmicas. Temos uma ampla variedade de tamanhos, formatos e número de furos para atender às necessidades da sua obra. Tudo com o melhor custo-benefício que você pode encontrar! Solicite ainda hoje o seu orçamento.

Canaletas são essenciais para reforçar a estrutura. Entenda o porquê!

Você sabe a melhor forma de lidar com a concentração de cargas nas aberturas da alvenaria estrutural? Confira como usar canaletas de cerâmica!

Sempre que há uma abertura na construção de uma parede, é necessário incluir um reforço na estrutura. Apesar de muitos pedreiros utilizarem madeira nesse processo, as canaletas de cerâmica são mais baratas e práticas.

Por isso, o décimo vídeo da série “Erros que você não pode cometer na sua obra” fala da função das canaletas na alvenaria estrutural. A engenheira civil Marcia Mello explica a importância dessa peça e a forma correta de usá-la.

O que são canaletas?

Em resumo, são peças de cerâmica em forma de “U” ou de “J”. Elas servem para fazer reforços na alvenaria estrutural quando há uma abertura.

“Então, você está fazendo a sua parede e precisa abrir uma porta ou uma janela. Há uma concentração de tensões ali. Para resistir a esses esforços adicionais que são criados nas aberturas, enrijecemos a parte de baixo e a de cima da janela. Chamamos essas estruturas de contravergas e vergas, respectivamente”, explica Marcia.

Como usar canaletas?

A canaleta, então, serve como forma. “Passamos uma armadura dimensionada de acordo com o tamanho do vão. Depois, vamos encher com o mesmo graute que usamos nos furos verticais”, afirma a especialista.

Assim, quanto maior for a abertura, maior será a ferragem. Para vãos maiores, aliás, pode ser necessário criar uma viga dentro das canaletas.

Quando usar canaletas?

“Esse enrijecimento das laterais da janela tem que passar, no mínimo, uma peça para cada lado. Quando há várias janelas, o ideal é passar uma fiada inteira de canaletas”, diz Marcia Mello. De acordo com ela, o mesmo deve ser feito em cima das portas.

Essas estruturas precisam ainda ser usadas na última fiada da alvenaria. Afinal, é ela que vai receber a laje. Assim, a função dessa camada é receber as cargas e distribuí-las por toda a extensão da parede. Esse transpasse é importante para fazer o travamento.

Por que escolher a Cerâmica Ermida?

Com mais de 50 anos de experiência, a Cerâmica Ermida produz blocos cerâmicos com ótima qualidade e bom custo-benefício. A fim de atender todas as necessidades da sua construção, temos canaletas compensadoras, em forma de U e de J em vários tamanhos diferentes.

Além disso, todos os nossos produtos seguem a norma de desempenho, o que garante seu alto padrão. Assim sendo, faça ainda hoje o orçamento para a sua obra!

Acabamento de parede em bloco cerâmico: veja o que usar e como fazer

Terminou a construção da alvenaria estrutural na sua obra? Então, aprenda o jeito certo de realizar acabamento de parede feita com blocos de cerâmica!

O acabamento de parede é um passo importante de qualquer obra. Não só porque é uma parte que ficará visível, mas também para garantir uma boa durabilidade da alvenaria. Por isso, é essencial escolher os materiais certos e executar os procedimentos da maneira correta.

Dessa maneira, o décimo vídeo da série “Erros que você não pode cometer na sua obra” é sobre esse assunto. Veja as dicas da engenheira civil Marcia Melo e, em seguida, um especial que preparamos com boas práticas de finalização!

O que é acabamento de parede?

Em suma, trata-se do processo de finalização e aperfeiçoamento da alvenaria. Nele, são aplicadas camadas de massa sobre a parede já pronta a fim de garantir um melhor aspecto e uma maior vida útil.

Em primeiro lugar, ela recebe o chapisco, responsável por melhorar a aderência da superfície. Logo após, é a vez do emboço, que regulariza e impermeabiliza. Por fim, vem o reboco, que deixa a alvenaria pronta para receber o revestimento.

Como fazer acabamento de parede em bloco cerâmico?

No entanto, quando a alvenaria interna é feita com bloco cerâmico, é possível aplicar o gesso direto sobre a parede, sem preparação. Isso porque a forma de execução da alvenaria é bastante rigorosa. Como resultado, temos uma base muito adequada para receber gesso entre 5 e 7mm. Nessas espessuras, o material é econômico e apresenta bons resultados.

“Na face externa, é possível trabalhar com uma argamassa pigmentada, aplicada também diretamente sobre o bloco. Isso vai acontecer na fase de pintura”, explica Marcia Melo. A profissional alerta, contudo, para escolher um produto de qualidade, que não vá filmar nem descolar.

Quanto à aplicação de placa cerâmica, Marcia afirma ser possível colocar direto sobre o bloco, em vez de usar emboço. “Só que você precisará ter um controle muito mais rigoroso: sua parede tem que estar perfeita e a qualidade do bloco tem que ser excelente”, complementa.

Por fim, a argamassa de assentamento também deve ser preparada com cuidado. Afinal, ela vai além da função de simplesmente colar. Ao mesmo tempo, precisa ajudar a receber as movimentações da base que vão ser transferidas para o revestimento. A fim de tornar a massa mais flexível, você pode acrescentar aditivos.

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Sem dúvida, o primeiro passo para obter um acabamento de parede duradouro é apostar em blocos cerâmicos de qualidade. Na Cerâmica Ermida, você encontra uma grande variedade de produtos perfeitos para a sua obra. Todos produzidos seguindo uma rígida norma de desempenho. Além disso, oferecemos um ótimo custo-benefício. Entre em contato para saber mais ou faça seu orçamento!

Lajes em obras estruturais: o que é, quais tipos existem e como fazer sem erros

Lajes em obras estruturais: o que é, quais tipos existem e como fazer sem erros

Essenciais para a construção civil, as lajes separam pisos ou cobrem edificações. Veja suas principais funções, bem como as características de cada tipo.

As lajes estão entre os elementos estruturais mais importantes de uma obra. Além disso, quando bem executadas, servem para melhorar o conforto acústico e térmico de dentro da construção.

Então, no nono vídeo da série “Erros que você não pode cometer na sua obra”, a engenheira civil Marcia Melo explica tudo sobre o assunto. Ela cita cuidados que devem ser tomados tanto entre um pavimento e outro quanto na cobertura da edificação. Confira!

O que é laje?

Em resumo, a laje é uma estrutura horizontal plana que serve como interface entre pavimentos, cobertura ou forro de uma construção. Na maioria das vezes, as lajes ficam apoiadas em vigas. Essas vigas, por sua vez, são suportadas por pilares. E é esse sistema que distribuem a carga da edificação de forma adequada.

Quais são os principais tipos de lajes?

Existe, no mercado, uma grande variedade de lajes disponível. Confira, em seguida, as características dos 5 principais tipos e escolha o melhor para a sua obra!

  • Maciça: é a variedade mais usada no Brasil por causa de sua fácil execução. Consiste em uma malha de vergalhões de aço colocados dentro de uma fôrma de madeira. Após o madeiramento, é despejado o concreto sobre ela. O resultado é uma estrutura resistente, pouco maleável e bem pesada;
  • Nervurada: assim como a maciça, é moldada no próprio canteiro de obras. Feita por nervuras interligadas por uma mesa de compressão, é mais comum quando há um grande vão a ser coberto. Isso porque permite diminuir o peso da estrutura;
  • Pré-fabricada: são lajes chegam à obra na forma de estruturas prontas. Elas podem ser feitas de isopor, de cerâmica ou de painéis treliçados. São mais práticas e econômicas, porém costumam ser menos resistentes;
  • Protendida: também chamadas de laje com armaduras ativas, são mais finas e suportam vãos maiores do que as lajes maciças. Isso porque as placas passam pelo processo de protensão, que aumenta a resistência do elemento estrutural;
  • Alveolar: enfim, a laje alveolar é formada por grandes peças de concreto com cavidades ocas. Sua instalação é rápida e não exige armação nem acabamento. Assim, é mais usada em obras de infraestrutura;

Como fazer lajes em obras estruturais?

De acordo com Marcia Mello, a escolha do tipo de laje depende do tipo da obra. Em prédios mais altos, por exemplo, o ideal é trabalhar com lajes mais maciças e bidirecionais. Dessa forma, é possível distribuir melhor os carregamentos. Nos prédios mais baixos e nas casas, por outro lado, isso não é necessário. Mas, sempre que possível, a engenheira recomenda alternar a direção de apoio dessas lajes.

“Normalmente, essas lajes serão apoiadas sobre as canaletas, que são as cintas de respaldo. Nos prédios mais baixos, não precisamos fazer uma ligação muito rigorosa das lajes com as canaletas ou com as alvenarias. Elas podem ficar simplesmente apoiadas”, explica Marcia.

No entanto, ela alerta para a importância de tomar mais cuidados com a última laje: “Nos pavimentos intermediários, temos os pavimentos de cima, que estão carregando os pavimentos de baixo. Então, temos a tal da pré-compressão. Já na última laje, eu não tenho esses carregamentos”.

As precauções são ainda mais importantes em locais com muita movimentação térmica. Afinal, quando esquentam muito, as lajes tendem a expandir. Se esfriam em excesso, sua tendência é de se retrair. E, nesse movimento de expansão e retração, puxam a alvenaria junto. Por isso, a última laje não pode estar muito engastada na parede.

Assim sendo, a engenheira diz que a solução é usar um material que faça com que a laje “deslize” sobre a base em que está apoiada. “Para isso, usa-se mantas, borrachas especiais, papel kraft. Essa é uma das soluções. Colocar beiral ajuda bastante também a diminuir esse movimento. Ou dividir as lajes em partes menores na hora que você está dimensionando. E você pode também ventilar essa cobertura”, finaliza.

Juntas verticais exigem atenção na hora do assentamento. Entenda!

Juntas verticais exigem atenção na hora do assentamento. Entenda!

Em vídeo, a engenheira civil Marcia Melo destaca a importância das juntas verticais para evitar problemas com cisalhamento e flexão. Saiba mais sobre o tema!

Para garantir a resistência de uma parede, seus blocos devem receber argamassa adequada não só entre uma fiada e outra, mas também nas juntas verticais. Caso contrário, podem ocorrer problemas como deformação ou fissuras na alvenaria.

E é exatamente sobre esse assunto que a engenheira civil Marcia Melo nos alerta no oitavo vídeo da série “Erros que você não pode cometer na sua obra”. Confira as dicas da especialista e, logo após, mais informações que a Cerâmica Ermida preparou para você!

O que são juntas verticais?

Em suma, as juntas verticais são o encaixe entre um bloco de cerâmica e o outro que fica imediatamente ao seu lado na fiada. Essa união deve ser feita com argamassa e o ideal é que tenha espessura de 10mm na alvenaria estrutural, ou entre 6 e 8mm na de vedação.

Quais são os tipos de juntas verticais?

Existem quatro tipos de juntas mais utilizados na construção civil. Saiba mais!

  • Junta a prumo: aqui, os blocos da fiada superior projetam-se exatamente sobre os componentes inferiores. Como resultado, as juntas verticais de assentamento ficam alinhadas;
  • Junta de controle: é introduzida em um ponto onde há mudança abrupta de direção ou de espessura, quando a parede em questão é muito longa. Assim, é possível evitar a fissuração da alvenaria;
  • Junta em amarração: consiste no assentamento dos blocos de forma defasada. O componente superior projeta-se, ao mesmo tempo, sobre as duas metades dos componentes inferiores. Deve haver uma sobreposição mínima de um quarto do comprimento em trechos localizados das paredes;
  • Junta seca: é o encabeçamento de blocos sem o uso de argamassa, isto é, a eliminação das juntas verticais. Apesar de aumentar a produtividade do assentamento, o sistema deve ser evitado na alvenaria estrutural. Isso porque reduz a resistência em relação a cargas laterais e diminui o isolamento acústico da parede.

Em conclusão, o mais recomendado é utilizar as juntas em amarração, preenchendo o espaço entre os blocos com argamassa. Afinal, isso permite otimizar a resistência ao cisalhamento e a cargas laterais, a defesa contra o fogo e o desempenho termoacústico.

Que problemas podem ocorrer?

De acordo com Marcia Melo, deixar de preencher as juntas verticais com argamassa não vai diminuir tanto a resistência à compressão da parede. No entanto, pode prejudicar a alvenaria em relação a cisalhamento e flexão.

A especialista explica que, antigamente, as regras eram ambíguas, pois não especificavam as boas práticas em relação às juntas verticais. Mas hoje a norma é muito clara e requer que elas sejam preenchidas.

Como a argamassa deve ser preparada?

“Os traços para alvenaria estrutural são bem rigorosos. Porque você avaliar várias características da argamassa, que tem que ser compatível com a base que você está usando. Não dá para fazer nada ‘no olho’”, avisa Marcia.

Além de fazer o traço adequado, é essencial ensaiar a massa e descobrir qual é a aderência entre bloco e argamassa. “Afinal, as paredes nunca vão romper por compressão. Elas vão romper por flexão, por tração no bloco. E quem promove isso é a aderência bloco-argamassa. Usualmente, esta argamassa vai ter em torno de 70% da resistência à compressão do bloco”, finaliza a engenheira civil.

Nivelamento de paredes: tire suas dúvidas e faça sem erro!

Nivelamento de paredes: tire suas dúvidas e faça sem erro!

Um nivelamento correto é o primeiro passo para ter sucesso no levantamento da alvenaria. Confira as dicas da engenheira civil Marcia Melo e evite problemas!

Para levantar a alvenaria, é necessário levar em conta duas coordenadas. A primeira é o prumo, uma linha vertical que define a inclinação. A segunda, por outro lado, é o nivelamento, uma medida que garante o alinhamento horizontal da parede. Tomar cuidado com ambas é a melhor forma de evitar retrabalho.

Em seguida, você confere o sétimo vídeo da série “Erros que você não pode cometer na sua obra”. Nele, a engenheira civil Marcia Melo explica mais sobre um problema que, infelizmente, ainda é muito comum. Logo após, confira as dicas que a Cerâmica Ermida preparou para que você não tenha contratempos com os níveis da alvenaria.

O que é alvenaria de nivelamento?

Também chamada de alvenaria de embasamento, consiste nas primeiras fiadas de blocos de uma parede. Elas são construídas logo acima do alicerce, da viga baldrame ou da laje. Em resumo, o principal objetivo do nivelamento é regularizar a base para a construção das paredes.

Erros de cálculo ou de execução nessa etapa são extremamente graves, pois colocam em risco a resistência da edificação. No futuro, podem ocorrer problemas como fissuras e trincas, por exemplo. Então, ao notar desníveis graves, pode ser necessário derrubar a parede e começar a construi-la do zero.

Como nivelar uma alvenaria?

Quer evitar retrabalho? Então, o jeito é tomar cuidado na hora de construir. Antes de mais nada, é necessário garantir que a base está regularizada. “Quando temos um pavimento, o radier, a viga baldrame recém-concretada ou a própria laje acima do pilotis vai começar a receber a alvenaria. Então, vamos lá e tiramos os níveis. Pegamos o ponto maior para colocar o primeiro bloco”, explica Marcia Melo.

Depois que determinar a referência de nível, é necessário aplanar a superfície usando um concreto resistente. De preferência, o mesmo que foi utilizado para fazer a laje em si. Só então, a primeira fiada pode ser assentada, de forma diferente das demais. Confira o passo a passo:

  1. Molhe o pavimento usando uma trincha;
  2. Aplique a argamassa de assentamento na largura aproximada do bloco. Use a colher de pedreiro para garantir que a primeira junta de argamassa tenha entre cinco e vinte milímetros;
  3. Coloque os blocos, atentando-se para detalhes no projeto como a dimensão dos cômodos, vãos para portas, instalações elétricas e hidro-sanitárias.

De acordo com Marcia, é essencial seguir as normas à risca. “Há quem coloque a argamassa de 5 centímetros na primeira fiada. Ou ainda quem encha o nível do pavimento do seu bloco de alta resistência com um tijolinho maciço ou uma tampa de canaleta. Você está nivelando a sua laje, mas olha com o que você está fazendo o seu nivelamento”, alerta.

Compatibilização de projetos economiza tempo e dinheiro na obra

Afinal, a etapa é essencial para o sucesso da construção. A engenheira civil Marcia Melo dá as dicas para fazer a compatibilização de projetos sem erros!

Imagine chegar ao momento de fazer a instalação elétrica de uma obra, e só então descobrir que os pontos de luz e as tomadas não coincidem. Ou tentar colocar a tubulação hidráulica, mas encontrar uma viga no caminho. É exatamente esse tipo de problema que a compatibilização de projetos busca evitar.

Em mais um vídeo da série “Erros que você não pode cometer na sua obra”, a engenheira civil Marcia Melo destaca a importância de fazer projetos que conversem entre si. Veja as dicas da especialista e, logo depois, fique por dentro do assunto com um guia completo da Cerâmica Ermida.

O que é compatibilização de projetos?

Antes de começar a construir uma edificação, os profissionais responsáveis elaboram vários tipos de projeto. Entre eles, podemos citar o estrutural, o arquitetônico, o elétrico, o hidráulico, o sanitário, o de climatização e o de paisagismo, por exemplo.

Às vezes, cada um desses projetos é feito de forma separada, sem interação entre os autores. E isso aumenta a probabilidade de ocorrerem conflitos entre eles. Se acaso esse problema só for notado durante a construção, serão necessárias alterações de última hora. E, em casos extremos, até a refação de elementos que já estão prontos.

Então, a compatibilização de projetos é uma etapa que consiste em analisar e comparar todos esses documentos. Assim, é possível identificar possíveis interferências com antecedência. Como resultado, evitam-se falhas que possam interferir com a execução da obra.

Quais são as vantagens de fazer esse processo?

Por consequência, trata-se de uma etapa muito importante da construção. Confira, em seguida, 5 motivos para apostar na compatibilização de projetos.

  1. Permite orçamentos mais precisos: é possível calcular com mais exatidão a quantidade necessária de materiais de construção e de mão-de-obra. Afinal, com menos imprevistos, são menores as chances de precisar comprar mais material ou contratar mais funcionários no meio da obra;
  2. Evita retrabalho: isso porque, além de prever os problemas, a compatibilização também serve para propor soluções;
  3. Diminui desperdícios: garantindo que não há inconsistências entre os projetos, você evita surpresas no canteiro de obras. Assim, não será necessário quebrar elementos que já foram construídos nem gerar entulho;
  4. Economiza tempo: uma boa compatibilização permite cumprir o cronograma de obra, já que não surgirão serviços para fazer que não estavam previstos;
  5. Reduz custos: economizando tempo, é possível economizar também dinheiro. Fora que evitar refações também te ajuda a ficar dentro do orçamento.

O que a falta de compatibilidade de projetos geral?

De acordo com Marcia Melo, vivemos hoje em um mundo altamente tecnológico. Por isso, a construção civil conta com plataformas BIM, realidade aumentada e profissionais que trocam informações com rapidez o tempo todo. Ainda assim, é necessário realizar a compatibilização de projetos para evitar erros.

“É muito comum os profissionais fazerem projetos excelentes de arquitetura, de estrutura, das partes elétrica e hidráulica. Só que eles esquecem de compatibilizar esses projetos. Afinal, eles precisam conversar para que realmente a alvenaria seja da forma que estamos buscando: bastante racionalizada. Porque, se não fizer isso no projeto, na obra, muito menos”, explica.

  • Aproveite para descobrir o que é uma construtech e veja como o uso de tecnologias favorece a produtividade.

Como fazer a compatibilização de projetos?

Com toda a certeza, a maneira mais tradicional é imprimir e sobrepor os desenhos manualmente. No entanto, essa prática é trabalhosa e caiu em desuso com o surgimento de softwares CAD. Então, passou a ser possível compatibilizar projetos com mais precisão usando plantas em 2D ou, mais recentemente, modelos em 3D.

Contudo, a forma mais moderna de comparar os vários tipos de projeto é empregando modelagem de informação. Utilizando Building Information Modeling (BIM), você consegue simular cenários e antecipar problemas. Isso porque a tecnologia une desenho em 3D com todos os dados de que você precisa para executar o projeto com sucesso.